Dados do Trabalho

Título

INTERVENÇAO CIRURGICA NA DIPLOPIA VERTICAL APOS BLEFAROPLASTIA INFERIOR: RELATO DE CASO.

Objetivo

Este trabalho tem o objetivo de relatar um caso de intervenção cirúrgica na correção do estrabismo em paciente com queixa de diplopia vertical após blefaroplastia.

Relato do Caso

Paciente de 57 anos, feminino, com quadro de diplopia vertical, pior em levoversão e supraversão. Negava diplopia em infraversão e para perto. Histórico de blefaroplastia superior e inferior há 6 meses. Ao exame, acuidade visual corrigida de 20/20 bilateral. Cover test com prisma: hipertropia do olho direito (OD) = 3 dioptrias prismáticas (DP) em posição primária do olhar, levoversão e dextroversão. À supraversão, apresentava hipertropia do OD = 4 DP. Teste de perfil tireoidiano normal e ressonância magnética das órbitas sem alterações nos músculos retos e oblíquos. No seguimento, manteve ao Cover test valores entre 3 e 4 DP para longe e para perto. Prescritos óculos com prisma de 3 DP base inferior em OD com melhora da diplopia. Abordado cirurgicamente após 2 meses, encontrando aderências entre a gordura orbitária adjacente e o músculo oblíquo inferior. Realizada liberação de aderências no intraoperatório. Evoluiu sem queixa de diplopia, com ortotropia em todas as posições do olhar e com versões normais.

Conclusão

Dessa forma, o caso apresentou boa resposta após exploração cirúrgica com liberação de aderências locais. Devido a proximidade dos bolsões de gordura da pálpebra inferior e o oblíquo inferior, ressalta-se a importância do detalhado conhecimento anatômico e da realização da técnica cirúrgica precisa e adequada.