Dados do Trabalho
Título
REVISAO DE LITERATURA CORRELACIONANDO CIRURGIA OFTALMOLOGICA DE EVISCERAÇAO COM A SEGURANÇA E O RISCO DE EXTRUSAO DOS IMPLANTES INTRAOCULARES
Objetivo
Definição da segurança para a realização do implante primário de esfera em pacientes submetidos a cirurgia oftalmológica de evisceração e avaliar fatores de risco associados à extrusão do implante.
Método
Revisão da literatura de estudos que avaliaram pacientes submetidos à evisceração e a incidência de extrusão do implante levando em consideração os fatores de risco, a clínica do paciente e o momento de realização do implante.
Resultados
A evisceração é uma cirurgia oftalmológica realizada de forma tanto urgente quanto eletiva. Diversos estudos demonstram as indicações mais comuns para essa cirurgia, como endoftalmite, panoftalmite, evisceração espontânea e olho cego doloroso. A exposição do implante é a complicação pós-operatória mais comum, secundária a perda das camadas que o recobrem, podendo ou não acarretar na extrusão do mesmo. Fatores de risco para a ocorrência de extrusão já foram identificados, como a técnica cirúrgica escolhida e fatores individuais. Estudos demonstraram que o risco é menor quando o procedimento é realizado por cirurgião de órbita e que a técnica de posicionamento do implante posterior a esclera posterior aparentemente também reduz esse risco. Quanto ao melhor momento para a realização do implante, primário ou secundário, há estudos que defendem que é aceitável a forma primária mesmo em casos associados à endoftalmite. Nestes casos, mesmo quando há evolução para exposição do implante, podem ser empregadas técnicas de recobrimento do implante, sendo que nos casos mais avançados de grandes exposições, contaminação do implante ou extrusão, o mesmo pode ser substituído pelo enxerto dermoadiposo.
Conclusões
Reconhecer os fatores de risco associados à principal complicação da cirurgia de evisceração é essencial para o oftalmologista que lida com esse tipo de situação. O implante primário na evisceração é uma possível opção mesmo diante de casos de infecção e dados demonstram a sua segurança quando comparado ao implante secundário. Dessa forma, a escolha do momento para implantar a esfera pode ser individualizada de acordo com o paciente, os fatores de risco e a critério do cirurgião. Importante ressaltar que o resultado final da cirurgia de evisceração é essencial para a melhor adaptação de prótese ocular no pós-operatório, o que pode ter grande papel na qualidade de vida do paciente.
Palavras Chave
Evisceração; Extrusão de implante; Fatores de risco; Endoftalmite
Área
Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais
Instituições
HOSPITAL SÃO GERALDO - UFMG - Minas Gerais - Brasil
Autores
Thiago Loredo e Silva, Aline Ferreira Zwetkoff