Dados do Trabalho


Título

TRAUMATISMO OCULAR PENETRANTE COM ARAME TRANSFIXANDO ESCLERA: ABORDAGEM OFTALMOLOGICA COMPLETA NA URGENCIA

Objetivo

Relatar um caso de trauma ocular penetrante com arame, acontecido durante atividade laboral.

Relato do Caso

S.F.O.B, masculino, 30 anos, com história de trauma em olho esquerdo sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O corpo estranho (CE) estava alojado em seu olho. Queixava dor, lacrimejamento e baixa acuidade visual (AV). Relatou manipulação e tentativa de retirada do CE em origem. No exame constatou-se AV sem correção: Olho direito (OD) 20/80 e olho esquerdo (OE) 20/150. Biomicroscopia OE: Hiperemia conjuntival, corpo estranho metálico correspondente a pedaço de arame, alojado em região escleral paralimbar as 3 horas, câmara anterior formada e meios transparentes. Fundoscopia: Retina aplicada em ambos os olhos. Realizado TC de órbitas. O paciente foi submetido a cirurgia de urgência, sob sedação, com a técnica de FACO e implante de lente intraocular no sulco ciliar, VVPP, endolaser e retirada manual do CE e sutura escleroconjuntival. Prescrito moxifloxacino e dexametasona em regressão. No pós operatório apresentava-se sem queixas, com biomicroscopia e fundoscopia sem anormalidades. No 18º dia pós operatório apresentou-se com AV corrigida de 20/20 e sem sinais de infecção ou inflamação.

Conclusão

O trauma ocular acarreta perdas sociais, econômicas e psicológicas irreversíveis. Ainda que prevenível com uso de EPI, este é comumente negligenciado. Ademais, há necessidade de capacitação ao primeiro atendimento, evitar-se medidas intempestivas como retirada manual de corpo estranho as cegas.

Área

Oftalmologia Geral

Instituições

Hospital de Olhos do Sul de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil

Autores

Bruno Pereira Marques, Breno Pimentel Moraes Oliveira, Eduardo Nogueira Lima Sousa, Guilherme Ambrósio Alves Silva, Letícia de Araújo Silva, Lucas Otávio de Morais Lage