Dados do Trabalho
Título
Diagnóstico Diferencial entre Coroidopatia por Vogt-Koyanagi-Harada e Esclerite Posterior: Desafios e Importância do Tratamento Precoce
Objetivo
Relatar um caso que mostra o desafio de se fazer diagnóstico diferencial em uveítes e estabelecer tratamento rápido e eficaz para preservar a visão da paciente: Vogh-Koyanagi-Harada (VKH) e Esclerite Posterior.
Relato do Caso
Mulher, 24 anos, previamente hígida, com quadro de dor retro-orbitária e baixa acuidade visual em ambos os olhos (AO) há 7 dias, além de náuseas e vômitos.
Ao exame, não havia reação de câmara ou outras alterações à biomicroscopia anterior. Fundoscopia evidenciou hiperemia e borramento de disco, além de mácula pregueada e elevada AO.
Ecografia e OCT demonstraram sinais de espessamento coroidiano e descolamento seroso em região macular, porém não foram observadas alterações típicas de esclerite posterior à ecografia. Angiografia com Indocianina Verde revelou "dark dots".
Ao se excluir algumas causas infecciosas, optou-se por internação hospitalar para pulsoterapia, seguida de descalonamento para corticoide oral, evoluindo com recuperação completa da acuidade visual.
Conclusão
Na prática clínica em uveítes, pode ser difícil definir o diagnóstico na primeira manifestação, porém a intervenção precoce é fundamental para um melhor prognóstico visual. Após afastar algumas causas infecciosas, as duas hipóteses principais para o caso foram etiologias imunomediadas - VKH e esclerite posterior -, cujos tratamentos iniciais são semelhantes. A pulsoterapia em tempo hábil possibilitou melhora clínica da paciente e o seguimento ambulatorial pode elucidar o diagnóstico em um segundo momento.
Área
Uveítes
Instituições
HOSPITAL SÃO GERALDO - Minas Gerais - Brasil
Autores
Ana Luiza Silva Pereira, Anna Christina Higino Rocha, Maria Luisa de Oliveira Higino, Henrique Moreira de Freitas, Caio Godinho Caldeira, Thiago Loredo e Silva