Dados do Trabalho
Título
MACULOPATIA POR DENGUE: RELATO DE CASO E AVALIAÇAO MULTIMODAL
Objetivo
Relatar um caso de maculopatia associada à dengue e contextualizar com a literatura atual as manifestações oculares da dengue.
Relato do Caso
Paciente, 33 anos, queixa baixa AV bilateral há 4 dias após diagnóstico prévio de dengue. Causas neurológicas foram descartadas. Ao exame oftalmológico inicial apresentava AV de 20/80 (OD) e 20/40 (OE). A biomicroscopia anterior não indicava alterações. Entretanto, o exame de fundo ocular mostrava área amarronzada foveal em AO. Havia redução difusa da sensibilidade no campo visual, presença de escotomas relativos e absolutos e alterações puntiformes hiperrefletivas na OCT, sugerindo retinite interna. A retinografia fluorescente indicava hiperfluorescência discreta principalmente no OD. O tratamento foi feito com Prednisona VO (1mg/kg) por uma semana. Após um mês, a paciente relatou melhora da AV apenas no OE, atingindo AV de 20/40. Porém, mantinha o escotoma em OD. Os exames subsequentes demonstraram diminuição das lesões puntiformes e recuperação das alterações retinianas vistas ao OCT.
Conclusão
Este caso ilustra uma manifestação ocular inflamatória imuno-mediada rara de dengue, a maculopatia. De acordo com a literatura, as manifestações oculares da dengue incluem uveíte e retinite interna, que podem afetar a acuidade visual. Estudos indicam que a retinite interna associada à dengue pode ser tratada com corticosteroides, porém, muitas vezes a AV permanece baixa por alterações visuais sequelares como escotomas e metamorfopsias.
Área
Uveítes
Instituições
Centro Oftalmológico de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil, PUC Minas - Minas Gerais - Brasil
Autores
Laura Fontoura Castro Carvalho, Bruna Penna Guerra Lages, Ana Paula Mourão Santos, Isabella Bragança Rodrigues, Isabella Sara Palma Figueiredo, Laís Dos Santos Moreau