Dados do Trabalho


Título

TECNICA DE HUMMELSHEIM PARA CORREÇAO DE ESOTROPIA POR PARALISIA DE NERVO ABDUCENTE: RELATO DE CASO.

Objetivo

A paralisia do nervo abducente (IV par NC) apresenta diversas causas, e pode evoluir com grau de sinais e sintomas variados nos pacientes, incluindo a esotropia e a diplopia. Diversas técnicas foram relatadas para corrigir estas alterações, seja de forma cirúrgica ou com aplicação de toxina botulínica, por exemplo. Este relato visa mostrar um caso de sucesso da correção da esotropia e diplopia através da técnica de Hummelshein.

Relato do Caso

Paciente, 48 anos, masculino, hipertenso, com relato de diplopia horizontal e esotropia (ET) à esquerda há 12 anos. Informava exames neurológicos clínicos e de imagem da época sem alterações. Ao exame oftalmológico atual apresentava: Hirschberg: ET 30º; Cover simples: ET à esquerda; Cover/Undercover: ET à esquerda; Prisma e Cover (PEC): ET 68 dioptrias prismáticas FOD para longe e ET 58 dioptrias prismáticas FOD para perto; MOE: -3 musculo reto lateral esquerdo, +1 musculo reto medial esquerdo e -1 musculo reto inferior esquerdo; Biomicroscopia e Fundoscopia sem alterações evidentes em ambos os olhos. RNM crânio e órbitas sem grandes achados. Optado pela abordagem cirúrgica do paciente com: Recuo de reto medial em olho esquerdo (OE) de 6mm associado a hemitransposição de retos verticais para reto lateral OE com pontos de Foster. Após 15 dias do procedimento paciente encontrava-se sem diplopia, Hirschberg centrado ambos os olhos; Cover simples: ortofórico e Cover/undercover: ortotrópico. Paciente sem queixas atualmente.

Conclusão

As abordagens de transposição dos retos verticais têm sido amplamente utilizadas na correção da paralisia do IV par, com resultados positivos tanto na melhora da esotropia e da posição viciosa de cabeça, quanto da diplopia. A técnica de Hummelshein, descrita em 1907, evoluiu com diversas modificações ao longo do tempo, incluindo sua associação com a resseção do reto medial e com as suturas de Foster. Por se tratar de uma esotropia de grande ângulo e uma diplopia crônica, a abordagem adotada demonstrou excelente resultado no caso deste paciente.

Área

Estrabismo

Instituições

HOSPITAL DE OLHOS DO SUL DE MINAS GERAIS - Minas Gerais - Brasil

Autores

LUCAS OTAVIO DE MORAIS LAGE, ANGELA CARVALHO DE OLIVEIRA, BRUNO PEREIRA MARQUES, BRENO PIMENTEL MORAES OLIVEIRA, LETICIA DE ARAUJO SILVA, ANDRE ALEXANDRE RAPOSO DINIZ