Dados do Trabalho


Título

COLOBOMA PALPEBRAL EM RECEM NASCIDO: CONDUTA E ABORDAGEM PRECOCES

Objetivo

O presente trabalho objetiva discorrer sobre a importância do diagnóstico e abordagem precoce do coloboma palpebral em recém-nascidos. Tal malformação congênita consiste na ausência palpebral de espessura completa, ou seja, pele, tarso e conjuntiva, cuja extensão pode ser variável.

Relato do Caso

Paciente masculino, 20 dias de vida, encaminhado ao serviço devido a defeito em pálpebra superior direita. Ao exame, observam-se reflexos fotomotor e movimentação ocular extrínseca preservados e simétricos. Presença de coloboma de pálpebra superior direita associada a opacidade corneana nasal e punctatas difusas. Exame sob sedação descartou a presença de outros colobomas associados. Realizado tratamento cirúrgico para correção através da técnica de Tenzel modificada, a qual está indicada para defeitos de até ⅓ de espessura palpebral. Consistente em um retalho miocutâneo semi-circular de avanço na região zigomática.

Conclusão

Os colobomas palpebrais derivam de falha na embriogênese palpebral durante a nona semana gestacional ou por bandas amnióticas que causam dano tecidual compressivo. Podem se apresentar com ou sem aderência corneopalpebral e serem isolados ou associados a espectros sindrômicos, como na síndrome de Treacher-Collins ou de Goldenhar. Os colobomas congênitos da pálpebra superior, em particular, podem ameaçar a visão e seu desenvolvimento em idades precoces, devido ao risco de úlcera de córnea, ambliopia a até cegueira, sendo fundamental a abordagem precoce.

Área

Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais

Instituições

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE - Minas Gerais - Brasil

Autores

Amanda Faria Simoni Campos, Maria Fernanda de Oliveira Filardi, Gabriela Picchioni Baêta, Raphael Coelho Santos, Carolina Pereira Pires, Mariana da Silva Santana