Dados do Trabalho


Título

MEMBRANA NEOVASCULAR SUBRETINIANA EM NEVUS DE COROIDE: UM ACHADO RARO

Objetivo

Relatar caso de membrana neovascular subretiniana (MNVSR) justafoveal, secundária a um nevus prévio de coroide.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 61 anos, relatou queixa de baixa de visão no olho direito (OD), procurando atendimento com o seu oftalmologista. Ao exame, foi observada uma alteração do aspecto do nevus de coroide justafoveal temporal em OD, que era acompanhado há muitos anos. Devido a essa mudança, foi encaminhada para um especialista em oncologia ocular para afastar a possibilidade de transformação maligna. No exame de fundo olho e na retinografia colorida, observou-se, sobre o nevus, uma exsudação subretiniana, uma hemorragia retiniana e a presença de um líquido subretiniano que se estendia até a fóvea, sendo este último o motivo pela sua baixa acuidade visual (BAV) no olho direito. Realizados os exames de angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica (OCT), evidenciou-se a presença de uma membrana neovascular subretiniana sobre a região do nevus. Como tratamento, foi indicada injeção intravítrea de antiangiogênico (anti-VEGF).

Conclusão

Os nevos de coroide consistem em tumores benignos melanocíticos que frequentemente são diagnosticados ao exame oftalmológico, apresentando uma prevalência de cerca de 5% em adultos nos Estados Unidos (≥40 anos). A sua transformação maligna é rara, ocorrendo em menos de 1% dos casos. Apesar de infrequente, o nevus de coroide pode complicar com a formação de membranas neovasculares, que podem se tornar uma causa de baixa de visão.

Área

Oncologia Ocular

Instituições

Instituto de Olhos Ciências Médicas de Minas Gerais (IOCM-MG) - Minas Gerais - Brasil

Autores

André Lucas Loureiro Rubatino, Fábio Borges Nogueira, Gabriela Guimarães Nogueira, Marcos Dantas do Vale, Julia Silva Souza, Ana Lídia Sousa de Souto