Dados do Trabalho

Título

CARCINOMA DE MERKEL X CARCINOMA ESCAMOCELULAR: A IMPORTANCIA DA IMUNOHISTOQUIMICA NA DIFERENCIAÇAO DOS TUMORES

Objetivo

ELUCIDAR IMPORTÂNCIA DO EXAME COMPLEMENTAR NO CASO.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 40 anos, da entrada em departamento de oculoplástica para avaliar lesão cutânea periocular em quadrante lateral da pálpebra inferior direita. Relata que lesão iniciou há 6 meses, evoluindo com piora progressiva e que estava em uso de cefalexina há 30 dias, sem melhoras. Informa também que lesão apresentava períodos de exacerbação com drenagem espontânea de secreção sanguinolenta. A biomicroscopia observava-se presença de lesão nodular única, elevada, medindo aproximadamente 4 cm de diâmetro, aspecto cístico com área crostosa, hemorrágica e halo hiperemiado e edemaciado estendendo-se até região malar medial.
A partir da avaliação inicial foi suspenso cefalexina e prescrito pomada com associação e solicitado risco cirúrgico, tomografia de crânio e órbitas que apresentou lesão indeterminada ao método. Realizada ressecção cirúrgica com reconstrução de pálpebra utilizando retalho de avanço.
Os achados observados em anatomopatológico levantaram a possibilidade de Carcinoma de Células de Merkel, tendo como diagnósticos diferenciais Carcinoma Sebáceo e Carcinoma de Células Escamosas Basaloide, sugerindo estudo imunohistoquímico complementar que concluiu se tratar de Carcinoma Escamocelular.

Conclusão

O Carcinoma de Células de Merkel (CCM), trata-se de tumor raro que acomete em sua maioria pessoas brancas e idosas. É um tipo de câncer, também chamado de Carcinoma Neuroendócrino da pele, que ocorre quando as células da pele crescem incontrolavelmente e geralmente se apresenta como nódulo único em rosto, pescoço ou braços.
O Carcinoma Escamocelular corresponde a cerca de 20% de todos os cânceres de pele e é considerado altamente curável. Assim como no CCM, o Carcinoma Escamocelular tem origem na camada mais superficial da epiderme e atinge preferencialmente áreas do corpo expostas ao sol.
Dessa maneira observa-se que ambos os tumores apresentam características semelhantes e que a imunohistoquímica foi fundamental para diagnóstico correto e consequentemente melhores condutas para paciente.