Dados do Trabalho


Título

MELANOCITOMA DE DISCO OPTICO - 12 ANOS DE EVOLUÇAO

Objetivo

Relatar a evolução de um quadro de melanocitoma de disco óptico e discutir a importância do conhecimento de diagnósticos diferenciais e condutas.

Relato do Caso

Paciente feminina, 59 anos, parda e hígida. Procurou atendimento oftalmológico com história de lesão em nervo óptico (NO) desde 2012. Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual com correção de 20/25 em ambos os olhos (AO), tonometria e biomicrospia sem alteracões. À fundoscopia olho direito normal e olho esquerdo (OE) com lesão pouco elevada com pigmentação homogênea e hipercrômica em topografia de NO com margens fibriladas acometendo quadrante temporal superior com cerca de 1 diâmetro de disco.
Exames complementares com retinografia desde 2012 apresentando a lesão descrita acima com o mesmo aspecto sem evolução significativa. Campimetria sem alteração. Ultrassonografia ocular (Usg) OE (2012/2024): lesão justapapilar homogênea, pouco elevada de alta ecogenicidade com provável calcificação em seu interior causando sombra acústica. Tomografia de coerência óptica (2013) OE: lesão elevada com margem hiperreflectiva e sombreamento posterior.

Conclusão

Os principais diagnósticos diferenciais de lesão pigmentada de NO são melanocitoma, melanoma, nevo de coroide e hamartoma da retina. O melanocitoma é mais comum em mulheres negras, possui tipicamente pigmentação uniforme com baixo crescimento podendo ter drusas e usg com média/alta reflectividade. Pela gravidade do diagnóstico do melanoma é necessário acompanhamento e exames complementares.

Área

Oncologia Ocular

Instituições

Hospital Evangelico - Minas Gerais - Brasil

Autores

Lívia Freire Reis, Lorena Diniz Oliveira e Xavier